quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Conversa com a Dra. Tânia, Psicóloga Clínica

No dia 29 de Novembro de 2007 recebemos, com muito gosto, na nossa aula de Área de Projecto, a Dra. Tânia Gomes, Psicóloga clínica, que gentilmente se disponibilizou para falar um pouco sobre a sua experiência profissional – sendo que Psicologia é um curso em que algumas pessoas da turma estão interessadas – e, sobretudo, de interesse para o nosso grupo em específico, sobre a sua experiência no campo da Reinserção Social.

Foi bastante interessante ouvi-la, principalmente aquando da partilha da sua experiência no campo da Reinserção Social que incidiu essencialmente sobre toxicodependentes em regime prisional. Sempre com um clima informal, pudemos contactar e sentir-nos mais próximos da realidade sobre a qual estamos a elaborar um projecto e perceber o quão intimamente relacionadas estão a Psicologia e o Serviço Social, neste caso, a Reinserção Social.

A Dra. Tânia deu-nos, ainda, alguns contactos, e esclareceu-nos sobre instituições, nomeadamente os CATs – Centros de Atendimento aos Toxicodependentes, a Direcção-Geral de Reinserção Social do Ministério da Justiça, o Programa Vida/Emprego (programa específico para os toxicodependentes em recuperação), o IEPF – Instituto de Emprego e Formação Profissional – e o RVCC – Reconhecimento, Validação, e Certificação de Competências.

Sendo que um dos fundamentos da Reinserção Social é a integração harmoniosa das PARTES num TODO, dando a cada incluso as ferramentas e competências necessárias à sua reintegração na sociedade, é cada vez mais necessário melhorar as lacunas das estruturas da Reinserção Social, dado que esta é profundamente necessária à integração de indivíduos numa sociedade que, infelizmente, ainda peca pela discriminação, não-aceitação e falta de apoio a quem realmente merece uma nova oportunidade.

Agradecemos à Dra. Tânia por se ter disponibilizado para partilhar connosco um pouco da sua experiência!
Cláudia

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Incentivo e sensibilização para o desafio proposto pelo Instituto Conde Agrolongo

No dia 27 de Novembro, 3ª Feira, o nosso grupo disponibilizou-se a dar conferências nos bons dias do 11º e 12º anos, sobre a iniciativa de recolha de roupas de rapariga proposta pelo Instituto Conde Agrolongo.

O grupo foi, em conjunto, aos bons dias, propôr aos alunos do colégio que participassem nesta iniciativa, doando algumas das suas roupas (em especial as raparigas, mas também os rapazes, para os que têm irmãs) à instituição.

Além de propôrmos esta iniciativa e a participação nela, ainda os incentivámos a dar continuidade a esta boa causa, sensibilizando-os para a realidade em que vivem as raparigas do instituto.

Aproveitamos, assim, para reforçar aqui esta ideia, e apelar mais uma vez à vossa sensibilidade e sentido de solidariedade, em especial nesta época Natalícia, época em que as raparigas mais sentem necessidade de se sentirem importantes, neste caso a nível material (roupas, algo de que sentem muita falta), pois elas não têm o que muitas de nós temos, no Natal, não têm família, não têm presentes.
Para os interessados, irão estar uns caixotes colocados no colégio Salesianos, OSJ, de Lisboa, para colocarem lá as vossas roupas.

Participem! Elas agradecem e nós também.
Cláudia

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Mas o que é afinal a REINSERÇÃO?

A Reinserção é um processo de integração que se inicia e desenvolve a par do processo de tratamento, promovendo desta forma a igualdade de oportunidades sócio-profissionais.

Para promover esta Reinserção, e fazer com que a sua acção seja realmente produtiva, é preciso tomar diversas medidas como forma de utilização de um método predefinido. Entre as quais identificar e caracterizar a diversidade de situações, sistematizar a intervenção, disponibilizar acções/ medidas adaptadas e uma avaliação contínua.

Mas por vezes esta acção não é assim tão simples, visto que nos deparamos com situações como o baixo nível de escolaridade, fracas qualificações profissionais, experiências profissionais precárias, ausência de famílias estruturadas e de redes de socialização e a ausência de rendimentos.

Em relação às áreas de actuação da Reinserção podemos referir o aspecto de alojamento, acompanhamento psicológico, orientação escolar e profissional e a integração profissional. (campos sobre os quais nos vamos debruçar com especial atenção)

É importante destacar que uma pessoa que se reabilitou passou por um complexo processo de alteração de comportamentos e atitudes, em termos pessoais, sócio-profissionais e de perspectivas de médio e longo prazo, fruto de um empenho terapêutico e emocional intenso, pelo não deve ser objecto de discriminação mas sim encarada como uma nova oportunidade para poder tornar-se uma cidadã de plenos direitos e deveres, assumindo ela própria a sua responsabilidade produtiva e construtiva e contribuição para o desenvolvimento do país.
Francisco

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Iniciativa Proposta (Instituto Conde Agrolongo)

Tal como se pode ler no texto anterior, o grupo deslocou-se ao instituto Conde Agrolongo, cujo objectivo era a iniciação do grupo no “mundo” das instituições e casas de reinserção social, de modo a que pudéssemos ficar com uma noção de como as coisas funcionam, isto é, dos problemas que enfrentam, dos objectivos a que se propõem, do conforto que fornecem, do estilo de vida que os jovens – neste caso específico, as raparigas – lá inseridos levam. Basicamente para termos noção do modo de AGIR, dessas mesmas “casas”.

Depois de uma conversa bastante esclarecedora com a Dra. Manuel Albuquerque, surgiu então uma (excelente) ideia, que o grupo vai fazer questão que não se fique pela teoria: a iniciativa que surgiu foi então a de ajudar a instituição facultando roupas de rapariga, que são muito necessárias, ainda para mais numa altura em que as raparigas tendem a “inundar” as responsáveis com pedidos de prendas que, curiosamente, se resumem essencialmente a roupa. (As raparigas têm idades compreendidas entre os 12 e os 21 anos).
Assim, e como estamos a aproximar-nos do Natal, época que não passa só por receber mas também por dar, pedimos a todos que participem nesta iniciativa, doando roupas que já não precisem, não usem ou não sirvam!

O nosso grupo disponibilizou-se para falar com as autoridades competentes no que toca a acções de solidariedade na escola, pelo que a campanha será realizada através da recolha das roupas femininas, que serão (com a ajuda de todos) colocadas no local da escola SALESIANOS DE LISBOA, OFICINAS DE S. JOSÉ, que as responsáveis considerarem pertinente. (actualizaremos informações o mais brevemente possível)

Esperamos que esta iniciativa possa seguir em frente e contamos com todo o vosso apoio no que for possível….! Lembrem-se, é por uma boa causa, as boas acções valem sempre a pena! E 'elas' agradecem!


Filipe

Visita ao Institiuto Conde de Agrolongo (Associação Resgate)



Data da Visita: 12 de Novembro de 2007


Localização: Rua do Possolo, nº 16. Lisboa


Com a dispobilidade da Dra. Manuela Albuquerque, responsável pela Instituição, visitámos as instalações em Lisboa, para uma breve reunião. Nesta visita, não contactámos directamente com nenhuma jovem protegida pela Associação.


Sendo uma casa de acolhimento de raparigas, que se encontram em situação de risco, é importante referir que estas se devem essencialmente a:

- Negligência por parte dos familiares;

- Maus-tratos;

- Disfuncionalidade familiar.


Nesta instiutuição é preservada a identidade e a normalidade na vida da jovem ao máximo. Assim, é uma prioridade que as raparigas tenham hábitos, em termos de vivência familiar e social, o mais normais possível, dentro, obviamente, das circunstâncias (saídas à noite são permitidas mediante o coportamento e empenho escolar, havendo assim uma preocupação e um acompanhamento constantes nos estudos das visadas; as jovens frequentam a escola Josefa d'Óbidos ou cursos profissionais, consoante as suas aptidões).


É importante sublinhar as prioridades da instituição:

- Perspectiva de um futuro melhor;

- Perspectiva de um encaminhamento profissional;

- Trabalho constante para uma tomada de autonomia das raparigas;

- Incutir regras de comportamento e de convivência social.


Actualmente, encontram-se 22 raparigas com idades que vão desde os 12/13 até aos 21 anos. Entre elas há um sentido de pertença e de companheirismo quando se deparam com dificuldades escolares, mas também se verificam algumas rivalidades.


Notas:

- é considerada pela própria instituição, uma certa lacuna no que diz respeito a um acopanhamento após a saída definitiva das raparigas da casa;

- Foi-nos proposta uma campanha de recolha de peças de roupa femininas no colégio ao 3º ciclo e Secundário para ajudar a instituição, à qual desejamos corresponder afirmativamente. (assunto que vamos tratar a seguir).
Luísa.

sábado, 17 de novembro de 2007

Agiste. Reagirás!

F+E = Discriminação
F+G = Perdão
D+F = Experiência
D+C = Progresso
B+G = Solidariedade
F+B = Segunda Oportunidade
A+B = Voluntariado
E+G = Reinserção
D+A = Esperança




Não podemos olhar as palavras como meras letras juntas que lidas emitem sons.
O mesmo acontece com as pessoas. Pois cada palavra tem o seu sentido, tem o seu significado, é própria. E com elas as pessoas.
Sozinhas não fazem sentido, as primeiras. Então encadeamo-las em frases. Se as fundirmos, se dermos sentido aos seus significados, às suas relações, podem ainda dar sentido a outros significados, a outros sentidos, de valor maior.

Pois se as pessoas se juntassem, se unissem, se ''fundissem'' como as palavras, talvez pudessem também criar algo maior, com mais valor, uma SOCIEDADE em que ninguém fique de lado, em que ninguém seja posto de parte, em que nenhum está acima de outro. (reparemos a palavra ''erro'', sendo um aspecto negativo, associada a outra, pode dar sentido à palavra ''Perdão'', valor tão alto e espectacular!)

Mas quantas vezes não nos esquecemos? Quantas vezes apontamos o dedo a quem errou? Não seria mais sensato apontar sim, mas um caminho, de mudança, de arrependimento, de REINSERÇÃO?

Quantas vezes não errámos, quantas vezes não precisámos de ajuda...
Atentemos aos que, apesar de um Passado difícil e de atitudes talvez completamente erradas, merecem um Futuro melhor e como tal, uma especialíssima atenção no Presente!

Eles AGIRAM. Que fazer? Ficar parado? NÃO!
Só assim eles REAGIRÃO. E desta vez, reagir para a Vida. Recomeçando.


Inês C.

Que queremos?


Queremos com este projecto mostrar uma esperança a pessoas que foram postas de lado da sociedade e PELA sociedade, e tentar de certa forma apontar-lhes um caminho de mudança, de recomeço.
Não pretendemos mudar o mundo e as mentalidades, mas sim aprender e fazer ver que erramos quando muitas vezes apontamos o dedo a pessoas que não agiram legitimamente mas que, ao contrário de nós, reconhecem o seu erro.
Agir. Mas REAGIR à vida. Ir à luta. Recomeçar. Sensibilizar.
Inês C.

Que fazemos?

Fazemos um plano de acção social no âmbito da Reinserção Social, visitamos Instituições, incidimos sobre uma instituição específica, estudamos saídas profissionais e planeamos medidas de incentivo a uma Reinserção Social de pessoas que, por diversas razões, foram afastadas da vida em sociedade.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Quem somos?

Somos um grupo da turma de Humanidades do 12ºano dos Salesianos de Lisboa - Oficinas de S. José - que, no âmbito da Área de Projecto, decidiu desenvolver um projecto sobre Reinserção Social, debruçando-se essencialmente no que diz respeito à Reinserção em termos profissionais.